quarta-feira, 22 de julho de 2009

Gente que vai deixar saudades, vai deixar histórias...

Era um daqueles fins de ano chatos, longe da família, sem lugar nenhum pra passar o natal. E fui com um velho amigo visitar uns parentes, dar um abraços nos velhos, mudar de ares. E foi naquela tarde que conheci a figura mais impressionante que já tinha visto: o vô daquele meu amigo. Uma barba cerrada, muitos anos nas costas, histórias pra contar. O nome dele? Não me lembro mais... E com toda calma e paciencia ele nos contou umas das histórias mais loucas e fascinantes que ja tinha ouvido, dignas de uma produção literária. Nos contou uma verdadeira epopéia, onde a todo custo ingressou no exército para poder ter alguma instrução na vida; de como ele aprendeu datilografia, escapando do horror da guerra, e como incrivelmente numa época onde era proibido os soldados se casarem, conseguiu ludibriar de uma forma extraordinária seus superiores, casar-se com o grande amor da vida dele e ainda por cima estudar e se formar, tudo isso numa aventura indescritível. Ouvindo aquela história, lembrei na hora do livro do Gabriel Garcia Marques, o "Amor nos tempos do cólera", que conseguiu criar uma rede por telex para chegar até seu amor. E partiu este avô deste velho amigo, com ele as histórias fabulosas, mas que pra sempre vão estar bem latentes no coração dos que sentaram e ouviram suas façanhas...

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Prof Astromar e os criadores de lobisomem!!!


E o Andye Iore mandou avisar: terça feira que vem, dia 07, se não me engano, é a vez da banda representante da lendária cidade de Asa Branca estremecer as estruturas do Bar Fernandes, em mais uma edição da Zombilly no Bar. Começa à partir das 20h30, num paga nada pra entrar, só oque consumir no boteco. A banda vem com repertório próprio, algumas surpresas e vontade de tocar. Usando suas influências do rock nacional da década de 80 eles se preparam pra subir no estaleiro do bar e afinar os violões.


http://professorastromar.blogspot.com/
http://tramavirtual.uol.com.br/artista.jsp?id=93821

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Atitude e comportamento

Ás vezes me pego a pensar porque algumas pessoas gostam de rock (e confesso, também me questiono às vezes por isso também). Historicamente, se formos analisar as origens do rock, vai bem longe isso... Veio, também, lá das músicas entoadas pelos negros, do gospel, passando depois pelo arrastado e belíssimo soul, levando pitadas do blues e do country. Só que em dado momento, alguém quis dar mais energia, mais velocidade e, em contrapartida, veio o descontentamento de vários... História parecida com alguma que você conhece. Bastante né. parece que não mudou nada. Mas o rock não se pauta exclusivamente em música. É atitude! É essa a verdadeira origem do rock, e não oque vemos hoje. Então, pesando assim, acredito que posso responder porque gosto de rock: é porque não quero me tornar mais uma "coisa" fabricada em linha de produção contínua pela sociedade! De verdade, tenho medo dessa juventude que hoje vemos dirigindo seus carrões possantes, com garotinhas siliconadas e cheias de volúpia, ouvindo nada mais nada menos que música que não acrescenta nada ao cérebro. Com seus bolso recheados de notas verdinhas, novinhas, cabelos bem cortados e ótimos perfumes... E o mais engraçado, e estranho, é que essa mesma sociedade cada vez mais consegue se distanciar, os indivíduos são mais indivíduos que nunca. Ao passo que homogeiniza o gosto popular, individualiza cada vez mais, cria muros intransponíveis, crenças, credos e conceitos arraigados de preconceito. Muito estranho isso. Aí que minha resposta vem se basear: eu gosto de rock é por isso mesmo, pois me sinto cada vez mais descrente que tudo tá cada vez mais amigável, mais sociável. E o rock apareceu em sua origem já irritando, exigindo, contestando. Não me venham com aquela retórica idiota de que "um dia você vai aprender a gostar". Prefiro ter ainda meu bom gosto, ouvir essas músicas que incomodam, que chateam as vezes. Mas que querem dizer: ACORDA IMBECIL!!!